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Dermatologista dá dicas de prevenção ao câncer de pele animal

Médico Veterinário Luciano Marra, especialista em dermatologia, fala sobre prevenção e tratamento da doença

Numa época em que todos fazem questão de usar protetor solar para prevenir envelhecimento precoce e, principalmente, câncer, os bichinhos de estimação também não devem ficar fora dessa. Câncer de pele é muito frequente em cães e gatos, e a prevenção é fundamental para garantir a saúde e a longevidade dos animais.

Assim como os humanos, geralmente são os bichos de pelagem branca os mais propícios a desenvolverem esse tipo de doença. Boxer, Dogo Argentino, Pit Bull e Bull Terrier são as raças com maiores tendências ao câncer de pele. Isso não quer dizer que as outras raças e cores não precisam se preocupar. Independente das características físicas, o protetor solar animal deve ser usado sempre.

Prevenção
Apenas uma marca fabrica o filtro solar veterinário: a Pet Society. É recomendável o uso diário do FP 30. Regiões com menos pelos, como borda da orelha, nariz, abdome, axilas, face medial dos membros (a parte de “dentro” dos braços e pernas), bolsa escrotal e vulva, merecem maior atenção. Outra dica essencial é evitar o sol naqueles períodos de maior intensidade do dia – entre 10 horas e 16 horas.

Para identificar se seu bichinho está desenvolvendo um câncer de pele, o médico veterinário especialista em dermatologia Luciano Marra, pertencente à equipe do HV/UFG, conta que “pele vermelha com escamas, aparecimento de nódulos avermelhados que podem sangrar, espessamento da pele e lesões em áreas não pigmentadas são sintomas da doença”. Além disso, “o animal lambe os nódulos, lambe o tempo todo”, diz o especialista.

Tratamentos
Existem três tipos de tumor: carcinoma, hemangioma e melanoma. O carcinoma, tumor epitelial maligno, é o mais comum. O melanoma também é maligno, mas de origem do melanócito. Já o hemangioma é benigno, originário dos vasos sanguíneos.

O tratamento é feito com cirurgia normal ou por criocirurgia, em que o tumor é congelado. Muitas vezes, a quimioterapia é usada para complementar o procedimento, dando ao animalzinho mais chances de cura.

Além do câncer, há várias outras doenças de pele, como sarna, micoses, dermatites bacterianas, alérgicas ou endócrinas. É preciso que o dono sempre fique bem atento ao comportamento do bichinho. Se notar qualquer alteração, procure um especialista o mais rápido possível. “Deixar para depois” pode, no fim das contas, prejudicar muito o animal.

Fonte: HV/UFG

Categorias: entrevista dermatologia dicas